Monday, November 10, 2008

"I know I believe in nohting but it is my nothing" - Richey James

Manic Street Preachers - From Despair To Where

I write this alone on my bed
I've poisoned every room in the house
The place is quiet and so alone
Pretend theres something worth waiting for

There's nothing nice in my head
The adult world took it all away
I wake up with same spit in my mouth
I cannot tell if it is real or not

I try and walk in a straight line
An imitation of dignity
From despair to where
From despair to where

Outside open mouthed crowds
Pass each other as if they're drugged
Down pale corridors of routine
Where life falls unatoned

The weak kick like straw
Till the world means less and less
Words are never enough
Just cheap tarnished glitter

I try and walk in a straight line
An imitation of dignity
From despair to where
From despair to where

A cripple walks in a straight line
An imitation of dignity
From despair to where
From despair to where

A última banda que ainda tem algo a dizer - embora nunca mais como no começo dos anos 90. Seus ídolos do Clash com certeza estão orgulhosos mesmo assim. "Motown, Motown Junk / I laughed when Lennon got shot / 21 years of living and nothing means anything to me". James Dean Bradfield e Richey James, a antítese do Rock 'n' Roll na mesma banda por três discos. E lá se vão 15 anos...
http://www.youtube.com/watch?v=BzRo_EjM-Fg

Friday, October 10, 2008

"Fotão Bala!"

Parafraseando o Bardo d'Oeste (http://www.pelejador.blogspot.com/), alguns "Fotãos Balas".


Island in the sun - "... and it makes me feel so fine I can't control my brain" - Rivers Cuomo

Tender - "Tender is the night / Lying by your side..." - Damon Albarn


Maluquice - I e II

LLL

Horas no vácuo
Só imaginando

De repente tudo acorda
Tudo faz sentido e o fazer sentido nem importa mais

A simplicidade toma forma
E a paz se faz presente

A imaginação desliga
O sonho some
O medo morre
A vida acende

Tudo por saber que aquela pessoa realmente existe
E está ali, completamente ali

E com ela não há mais vida
Só algo maior que isso
Muito maior
E tranquilo

TLM

Wednesday, September 10, 2008

Explicação

Bruce Springsteen explica o capitalismo em 4 etapas, na música Badlands de 1978:

Poor man wanna be rich / Rich man wanna be king /
And a king a'int satisfaied / Till he rules everything

"Pobre quer ser rico / Rico quer ser rei
E um rei não está satisfeito / Até que ele controle tudo"

The Boss!

Monday, September 01, 2008

"Enough!"

Trechos retirados do discurso de Barack Obama do dia 28/08, em Denver, quando aceitou a indicação oficial de seu nome para concorrer à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata. No mesmo dia, 45 anos antes, Martin Luther King Jr. fazia seu mais famoso discurso, o que começa com a célebre frase "I have a dream...":

"It’s not because John McCain doesn’t care. It’s because John McCain doesn’t get it."

(Não é que John McCain (candidato Republicano) não se importe. É que John McCain não entende.)

"For over two decades, he’s subscribed to that old, discredited Republican philosophy – give more and more to those with the most and hope that prosperity trickles down to everyone else. In Washington, they call this the Ownership Society, but what it really means is – you’re on your own. Out of work? Tough luck. No health care? The market will fix it. Born into poverty? Pull yourself up by your own bootstraps – even if you don’t have boots. You’re on your own. Well it’s time for them to own their failure. It’s time for us to change America."

(Por duas décadas, ele (McCain) compactuou com aquela velha, desacreditada filosofia Republicana – dê mais e mais para aqueles que têm mais e torça para que a prosperidade chegue a todos os outros. Em Washington, eles chamam isso de Sociedade de Propriedade (ou mandatários), mas o que isso quer dizer realmente é – você está por conta própria (você está sozinho). Sem trabalho? Má sorte. Sem plano de saúde? O Mercado vai consertar isso. Nasceu na pobreza? Recomponha-se, vista os calçados e vá atrás – mesmo que você não tenha calçados. Você está por conta própria. Bem, é tempo deles arcarem com seu próprio fracasso. É tempo de mudarmos a América.)

"That’s the promise of America – the idea that we are responsible for ourselves, but that we also rise or fall as one nation; the fundamental belief that I am my brother’s keeper; I am my sister’s keeper.
Change means a tax code that doesn’t reward the lobbyists who wrote it, but the American workers and small businesses who deserve it."

(Esta é a promessa da América – a idéia de que nós somos responsáveis por nós mesmos, mas que também subimos ou caímos como uma só nação; A crença fundamental de que eu sou o guardião do meu irmão; Sou o guardião da minha irmã. Mudança significa uma “lei de juros” que não recompense os lobistas que a escreveram, mas sim os trabalhadores americanos e pequenos empresários que a merecem.)
-x-
Barack Obama como presidente americano seria (será!) uma coisa tão bala, um sentimento tão positivo pro resto do mundo... que as vezes parece que a pulga da teoria da conspiração está na cueca de todo mundo, que algo terrível está prestes a acontecer. Isso se chama medo do potencial que a gente tem, que o ser humano pode ser melhor!
Mas parece que finalmente um americano de verdade vai comandar os Estados Unidos!

Friday, August 08, 2008

... and I’m feeling good!

Mágico. Este é o adjetivo que define o show do Muse do último dia 31 de julho em São Paulo. Essa banda que já tem quase 13 anos de atividade me foi apresentada há pouco mais de um ano, e não foi propriamente um amor à primeira vista. Aos poucos fui adentrando ao mundo de Matthew Bellamy e seus comparsas, um mundo tão eletrizante quanto envolvente, e aí não teve mais jeito.
Li algumas coisas sobre a banda e sobre o show. Rótulos demais. Parece o Radiohead, parece o Coldplay, é heavy metal, é indie... O Muse é muita coisa, e é muito mais que qualquer rótulo. Em entrevista a Rolling Stone brasileira antes do show de São Paulo, Matt disse que é complicada essa coisa de ter que se encaixar em uma categoria existente. “Eu imagino que a maioria dos músicos não deseja se encaixar em um gênero já existente. Claro que há muitas bandas que só estão nessa porque querem ficar famosas e fazer sucesso, mas qualquer músico realmente sério tem como objetivo fazer algo novo, que o expresse artisticamente”. Ele sabe das coisas...

The Show


Essa pequena saga começou cerca de um mês antes do show, com dois seres de sul, meio pirados, se virando em oito pra se mandar pra São Paulo. Ingressos e passagens na mão, hotel, briga na fila, lugar no gargarejo. Era quase inacreditável... Há dois metros de ti o inglês franzino e seus dois amigos que mudaram meu conceito de rock ali, face-to-face...
Vínhamos acompanhando as notícias desde o inicio da turnê, no México. Shows cheios, alguns set lists aquém do esperado, e a expectativa aumentando. No primeiro acorde de “Knights of Cydonia” foi que deu pra perceber a magnitude daquilo. Mais ou menos quatro mil pessoas, em uníssono – e tentando a todo custo chegar ao palco – formavam um mar de gente que sabia o que esperar, mas não esperava o que viu.
Algumas alterações fizeram a alegria da galera. Entraram “Citizen Erased” e “Bliss” do álbum Origin of Symmetry. O povo foi ao delírio. Meu álbum preferido, Black Holes and Revelations, executado em peso. A elétrica “Supermassive Black Holes”, que divide os fãs, fez todo mundo pular de felicidade e se divertir pra xuxu com o clipe dos robôs exibido no telão. A romântica “Starlight” – meu primeiro contato – trouxe lembranças felizes (e o resto das lembranças é particular né...).


“Hysteria”, “Map of the Problematique”, “Butterflies and Hurricanes”, “Invincible”, “New Born” “Feeling Good”, “Time is Running Out”, mantiveram o nível máximo de agitação e êxtase de todas aquelas partículas ali presentes até o gran finale, com “Plug in Baby” e gigantes balões com confetes pulando de mão em mão na platéia (eu quaaaaaaaaase alcancei um...).
Chamados para o bis pela galera ensandecida ao som de “Muse, Muse, Muse...”, ainda fomos brindados com “Stockholm Syndrome” seguida de destruidores riffs que ecoaram da guitarra de Bellamy, e fechando com “Take a Bow”, pra gente se sentir em Wembley!
Dominic Howard, o falante – e cute – baterista agradeceu num português arrastado e disse “que nos vemos em breve”... Seria bom pensar nisso como um até logo real... Que venha o próximo álbum!
Valeu a pena! A viagem, a espera, o cansaço, a economia... Tudo simplesmente valeu a pena durante aquelas quase duas horas de uma sensação de felicidade extrema e inexplicável. Obrigada Matt, Dom e Chris, por fazerem tão felizes uma geração inteira que aprendeu a ter ídolos do passado, mas que hoje tem o que contar para os filhos. Muse, muito obrigada.


Escrito e vivenciado (e quase esmagada) por Aline Camargo.

Thursday, June 19, 2008

A fé na descrença

"Mas eu tento fazer tudo certo..."

Mais uma temporada e Lost caminha rumo ao hall das artes indestrutíveis, que inclui coisas do calibre de filmes do Scorcese, discos do Clash, animes do Akira Toryama, Jaspion, Arquivo X, entre tantos outros.
A jornada de Jack Shepard e (cada vez menos) os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, da Dharma Iniciative, dos Nativos-Hostis, da equipe do Cargueiro-Widmore-Abaddon, enfim, afunila e ruma para um final trágico e ao mesmo tempo sem conclusão clara. Até porque o fim nunca existe na vida, apenas um loop sem fim de flashbacks, flashforwards e realidades alteradas.
O 4º ano da série foi o ciclo de episódios que descreveu a perdição do Doutor Jack, com sua decisão definitiva demais para alguém que espera ser algo tão ambicioso na vida – um milagreiro descrente em milagres. A briga ideológica de Jack e John Locke entre razão e fé no fundo reflete algo maior: mesmo quem não crê em nada crê em algo, ou seja, o próprio não crer é uma ação de acreditar em algo. No caso do médico, no próprio fato de que nada “sobrenatural” deva existir. Pero que hay...
"Nem mil terços bizantinos do padre Marcelo vão te salvar, careca safado!"

E apesar de Locke ser o “vencedor” no tempo presente da série, no futuro sua fé cega no local cobrará seu preço. Preço este que a Ilha cobra calmamente do filho de Christian “porta-voz de Jacob” Shepard, pois ele pouco a pouco perde a fé inabalável que possuía na razão, na crença de que não existem coisas como destino, predestinação. E aí que reside o fato do porque a Ilha e Jacob parecerem eleger Jack como seu escolhido: mostrar ao operador de milagres “racionais” que não basta salvar tudo e todos e fazer o máximo na vida. É preciso abraçar o desconhecido, mesmo que tu saiba que não existam coisas além da nossa realidade. Às vezes elas estão em lugares que se escondem, seja uma ilha que desaparece no pacífico ou dentro da tua mente.

Tuesday, May 13, 2008

De Ferro, mas com coração!

MUITO BOM! Foi o que pude expressar quando começaram a subir os créditos de Homem de Ferro, ainda com os olhos fixos na tela grande. Preciso esclarecer que não sou uma grande entendida de cinema – mas adoro filmes – e muito menos de HQ’s – mas conheço os personagens. Mas falando especificamente do filme... sensacional!
Não é só um filme de ação. É ação, humor, uma crítica implícita (e clichê, falemos a verdade) e um “romance” que funciona em comum acordo com a história: não tem mel, declarações e arroubos apaixonados. Tem ironia, confiança e atração. O Tony Stark de Robert Downey Jr. é… apaixonante! O cara é um canastrão, alcoólatra, pegador, fabricante de armas e tu ainda torce por ele. Não consegui pensar em outro ator para encarnar a armadura. E desculpe a ala masculina da platéia, mas é um colírio...

Robert Tony Downey Stark Jr.: bêbado, mulherengo, rico, esperto e maluco! Quase uma auto-biografia

O que não deve fazer diferença, porque Gwyneth Paltrow é uma excelente assistente-secretária-personal-tudo e única pessoa em quem o nosso herói realmente confia. Encarregada inclusive de tirar o lixo quando é necessário (impagável a primeira cena de Pepper Pots, quando ela coloca uma jornalista metidinha pra correr com a maior classe do mundo. Daquelas de anotar, porque um dia tu vai precisar...).
O vilão é mau de verdade. Disso eu gostei muito. Não é alguém que virou vilão, ele é mau na essência. Só pra comparar com um outro que eu vi no cinema, os vilões do Homem-Aranha 3. Pra começar, era muita gente pra uma aranha só num filme só. E os vilões não tinham uma razão especifica e/ou clara. O filho do Duende Verde quer se vingar, mas volta a ser bonzinho no final – na real nunca foi vilão. O Areião (Homem-Areia, mas eu não gosto desse nome), dissolveu, voltou, ficou com raiva do mundo e saiu quebrando tudo. E o Venom teve 20 ou 25 minutos apenas dedicados a ele, e era o único que tinha conteúdo pra ser mais desenvolvido (era, inclusive, o mais aguardado). Obadiah Stone (interpretado pelo grande Jeff "The Dude" Bridges) – sócio das empresas Stark desde os tempos idos do pai do protagonista – é um Vilão. Manda matar o mocinho, e como o plano não dá certo ele se inspira no “faça você mesmo” e põe a mão na massa. Ele é mau, mas eu gostei.

Diretor Jon Fraveau brincando com a Mark I: Um cara que dirige Zathura tem o nosso apoio sempre!
O mais apagado é o amigo de Stark, interpretado por Terrence Howard. Mas dizem que há planos pra ele numa possível continuação do filme. Como já disse eu não conheço os quadrinhos, mas parece que ele é o amigo de Stark que vira outro herói, de ferro também.
Além dos personagens, o filme é bacana porque é ágil. Não perde mais tempo que o necessário para que cada parte seja compreendida. Não te dá sono na poltrona, e isso é imprescindível. E tem também uns toquezinhos que dão dicas para as seqüências, inclusive para o projeto dos “Vingadores”, que parece que vai reunir uma galera de heróis num filme só. Não conheço a história, mas com certeza eu vou assistir.
E tem que ver a cena final, depois dos créditos!
Terrence Howard como Jim Rhodes: "Because It's hard out here for a War Machine"
Escrito e gentilmente cedido por
Aline Camargo
(Valeu o convite!)