Friday, August 08, 2008

... and I’m feeling good!

Mágico. Este é o adjetivo que define o show do Muse do último dia 31 de julho em São Paulo. Essa banda que já tem quase 13 anos de atividade me foi apresentada há pouco mais de um ano, e não foi propriamente um amor à primeira vista. Aos poucos fui adentrando ao mundo de Matthew Bellamy e seus comparsas, um mundo tão eletrizante quanto envolvente, e aí não teve mais jeito.
Li algumas coisas sobre a banda e sobre o show. Rótulos demais. Parece o Radiohead, parece o Coldplay, é heavy metal, é indie... O Muse é muita coisa, e é muito mais que qualquer rótulo. Em entrevista a Rolling Stone brasileira antes do show de São Paulo, Matt disse que é complicada essa coisa de ter que se encaixar em uma categoria existente. “Eu imagino que a maioria dos músicos não deseja se encaixar em um gênero já existente. Claro que há muitas bandas que só estão nessa porque querem ficar famosas e fazer sucesso, mas qualquer músico realmente sério tem como objetivo fazer algo novo, que o expresse artisticamente”. Ele sabe das coisas...

The Show


Essa pequena saga começou cerca de um mês antes do show, com dois seres de sul, meio pirados, se virando em oito pra se mandar pra São Paulo. Ingressos e passagens na mão, hotel, briga na fila, lugar no gargarejo. Era quase inacreditável... Há dois metros de ti o inglês franzino e seus dois amigos que mudaram meu conceito de rock ali, face-to-face...
Vínhamos acompanhando as notícias desde o inicio da turnê, no México. Shows cheios, alguns set lists aquém do esperado, e a expectativa aumentando. No primeiro acorde de “Knights of Cydonia” foi que deu pra perceber a magnitude daquilo. Mais ou menos quatro mil pessoas, em uníssono – e tentando a todo custo chegar ao palco – formavam um mar de gente que sabia o que esperar, mas não esperava o que viu.
Algumas alterações fizeram a alegria da galera. Entraram “Citizen Erased” e “Bliss” do álbum Origin of Symmetry. O povo foi ao delírio. Meu álbum preferido, Black Holes and Revelations, executado em peso. A elétrica “Supermassive Black Holes”, que divide os fãs, fez todo mundo pular de felicidade e se divertir pra xuxu com o clipe dos robôs exibido no telão. A romântica “Starlight” – meu primeiro contato – trouxe lembranças felizes (e o resto das lembranças é particular né...).


“Hysteria”, “Map of the Problematique”, “Butterflies and Hurricanes”, “Invincible”, “New Born” “Feeling Good”, “Time is Running Out”, mantiveram o nível máximo de agitação e êxtase de todas aquelas partículas ali presentes até o gran finale, com “Plug in Baby” e gigantes balões com confetes pulando de mão em mão na platéia (eu quaaaaaaaaase alcancei um...).
Chamados para o bis pela galera ensandecida ao som de “Muse, Muse, Muse...”, ainda fomos brindados com “Stockholm Syndrome” seguida de destruidores riffs que ecoaram da guitarra de Bellamy, e fechando com “Take a Bow”, pra gente se sentir em Wembley!
Dominic Howard, o falante – e cute – baterista agradeceu num português arrastado e disse “que nos vemos em breve”... Seria bom pensar nisso como um até logo real... Que venha o próximo álbum!
Valeu a pena! A viagem, a espera, o cansaço, a economia... Tudo simplesmente valeu a pena durante aquelas quase duas horas de uma sensação de felicidade extrema e inexplicável. Obrigada Matt, Dom e Chris, por fazerem tão felizes uma geração inteira que aprendeu a ter ídolos do passado, mas que hoje tem o que contar para os filhos. Muse, muito obrigada.


Escrito e vivenciado (e quase esmagada) por Aline Camargo.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

aline e felipe, os invejo profundamente! hauahauhauah. espero também ver eles em breve, já que perdi essa oportunidade! imagino q coisa de louco não foi esse show. deve ter sido algo único, afinal, muse não se rotula propositalmente tlavez (já dizia minha mãe: quem se define, se limita...) e Muse não tem limites! aline, meu disco favorito tb é Black holes and revelations. imagino q coisa linda a execução ao vivo dakelas músicas!
q inveja!
hauahuaha
stefani!

4:38 AM  
Blogger Felipe Conti said...

Melhor viagem da minha vida!

6:13 AM  
Blogger Mau Haas said...

a banda nao vale nada (tirando o batera que é canhotero - hahahah), mas teu texto da viagem-show ficou muito massa! é o melhor, na minha opinião, que tu postou no blogão do che, que agora é mais teu do que dele...

falo!

12:00 PM  

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