Monday, September 25, 2006

Ganhe Dinheiro com Idéias Estúpidas

Uma coisa muito comum nos dias de hoje, hoje em dia na atualidade, é o tráfico psíquico de idéias. Falando nesses termos soa estranho, e realmente é, mas com um exemplo corriqueiro do dia a dia do cotidiano das pessoas, todos compreenderão que esta prática é cada vez mais comum. Acompanhem.
Um rapaz jovem tem o costume de inventar histórias. Fã de cinema (leia-se filmes de suspense) e literatura policial (leia-se Agatha Christie e Sir Arthur Conan Doyle), ele tem várias idéias que poderiam virar filmes tranquilamente, mesmo sabendo que muitas delas são clichês desgraçados e/ou histórias fracas e superficiais.
Então em um belo sábado de verão, o rapaz leva uma jovem donzela para a sala escura de sua preferência para que possam assistir um filme e naturalmente se conhecerem melhor. E é nesse momento que o rapaz compreende a expressão tráfico psíquico de idéias: uma das histórias que ele havia inventado estava lá, perturbadoramente parecida! Com direito a todos os clichês mais batidos do cinema comercial, atores metidos a engraçadinho e um diretor inteligente. E o pobre rapaz não viu um dólar sequer dos milhões que a produção arrecadou!
Portanto o que proponho é o seguinte: algum estúdio, produtor ou diretor que se interessar por esse argumento que segue abaixo (aliás, é tão ruim que até poderia ser um filme nacional!), por favor, entre em contato antes de roubar a idéia através de ondas cerebrais. Fazendo isso todos saem ganhando! Quando o filme estiver sendo divulgado através de trailers, peças publicitárias, etc., surge um cara (eu!) gritando aos quatro cantos da mídia que aquela idéia foi roubada e que ele está processando o estúdio! Após alguns meses de tramites legais, notícias ininterruptas em jornais e publicidade gratuita, nossos advogados entram em um “acordo” milionário, no qual 80% são meus e 20% vão para o estúdio, e eu abro mão de bilheteria, venda de bonequinhos licenciados, etc.
Assim todos ficam ricos e ninguém sentirá sede de vingança! Não é genial?

"Ou vocês acham que eu pensei em todos os meus filmes?"

Argumento Principal:
A história se concentra na vida de um cara, Augusto Aguiar que naquela altura tem 25 anos. Por toda sua vida os carros foram elementos constantes e decisivos para seu crescimento. E esse envolvimento se dava de maneira proposital e/ou involuntária.Ele começa a contar em cenas em “flashback” as passagens importantes de sua vida onde os carros estão envolvidos:

- Nasceu dentro de um carro, no caminho para o hospital (definir que carro era, se era seu pai que estava dirigindo, etc.)- Seu pai é piloto de testes e motorista de uma grande empresa, e sua mãe é psicóloga no DETRAN!

- Desde muito pequeno preferia os carros às bolas de futebol ou outros brinquedos, assim como seu irmão mais velho, Bernardo Aguiar, dois anos mais velho. Os dois dormem em camas com formato de carro, usam roupas com carros estampados, jogam jogos de carros no vídeo-game. São muito unidos e companheiros, tanto na paixão em comum quanto no dia a dia.

- Como sabia dirigir desde cedo, seu melhor amigo pede para que ele ensine sua irmã que vai fazer a carteira de motorista em poucos dias. Na segunda “aula” eles já estão juntos, e ele tem certeza que Bia será sua mulher.

- Quando tinha 16 anos, sua família foi passar férias na praia (moram numa cidade “média” do “interior”) e sofrem um terrível acidente. Todos se machucam, Augusto sofre várias fraturas, perde um dedo e seu irmão morre; A paixão por carros se transforma e passa a ser encarada como responsabilidade. Ele entra para a faculdade com a intenção de projetar carros mais seguros. Forma-se, consegue um emprego de projetista em uma grande montadora e é bem sucedido em seu propósito de criar carros e acessórios mais seguros.

Aqui corta para Augusto recebendo uma notificação da diretoria da montadora explicando o seguinte: um dos acessórios que ele havia criado para maior segurança nos veículos da empresa causou a morte de uma criança, um menino de sua cidade natal, e a família estava processando a empresa. Augusto vai falar com os diretores e eles dizem para ele que não há motivo para preocupações, porque o menino estava usando o produto de maneira inadequada e a defesa já estava com o caso ganho.

Augusto fica desnorteado com a notícia. Pede demissão, pega a esposa (Bia) e eles voltam para sua cidade natal. (Ps. Ele havia se mudado para a capital quando entrou na faculdade, a mesma onde Bia estudava psicologia.) Voltar faz ele reviver fantasmas do passado, boas lembranças da infância (as lembranças são mostradas através de uma conversa com o melhor amigo e agora também cunhado) e enfrentar a nova situação, porém não tão nova assim para ele: uma família destruída pela perda (a família é composta por pai, mãe e a irmã mais velha do menino que morreu).

No processo Augusto entende que o carro nada mais é que mais uma coisa, e principalmente, que o amor, o ódio, a saudade, a perda, a presença, não são motivadas por coisas, mas sim por pessoas. E que em cada carro, existem pessoas envolvidas direta ou indiretamente, e as histórias na verdade são das pessoas, e não dos carros ou de qualquer outra coisa que não possua coração e sentimentos!

Hajime Saitou – 15/04/2006

Indústrias Saitou S/A – Sempre pensando no próprio bolso.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O dia que eu for diretor (ou seja, provavelmente nunca) quero gravar esse filme...
ahahhahaa
abraço

8:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

Eu vou ser o cunhado... que nem nome tem!!!! mas é o papel mais massa... coadjuvante!!!!

6:18 PM  
Blogger Greyce Vargas said...

Eu sou uma boa produtora, modéstia a parte, e sei fazer caras de horror!
Será que ganho um papel nessa história?

2:15 PM  

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