Friday, October 26, 2007

Top 5 - Goleiros

Guarda Metas. Keeper. O anti-herói, aquele que evita o objetivo primal do maior esporte de todos. Aquele que tem na carteira de trabalho não "jogador de futebol", mas GOLEIRO escrito - assim como o centroavante. O cara que o Erasmo diz que tá em falta no nosso país (vide Quem Vai Ficar no Gol, do Tremendão).
Em breve um estudo aprofundado sobre este estado de espírito, sobre SER GOLEIRO, surgirá nestas linhas errantes.
Por enquanto, 5 dos maiores goleiros que eu vi jogar (incluindo o maior de todos) e seus momentos mais inacreditáveis:


5 - Tony Meola (Copa de 94, Suiça 1 x EUA 1)

Meola foi um dos nomes mais surpreendentes daquele time que atraía a simpatia de todos (menos dos Sauditas, Iranianos e afins) durante a Copa de 94. Uma dupla de zagueiros saída de um desenho animado dos anos 70 - Balboa e Lalas -, um meio campo brigador e um atacante no estilo "pega a bola e sai correndo" - Coby Jones - fizeram a alegria dos que torcem para times azarões e meio desajeitados.
Tony jogou muito contra o Brasil nas oitavas ("bate Bebeeeeeeeeto"), contra a Colombia, no fatídico jogo da bicicleta de Balboa que não entrou e do gol contra do zagueiro Escóbar e que "foi morrido" logo que chegou em Bogotá. Porém contra a Suiça Meola parou a máquina de jogar futebol chamada Stéphane CHAPUISAT, garantindo um empate e a classificação histórica.



4 - Fábio Costa ( Brasileirão de 2002, Santos 3 x 2 Corinthians)

Falar desse jogo é lembrar do Rogério recuando diante de um endiabrado Robinho, partindo rumo ao status de grande jogador de futebol e decidindo um campeonato brasileiro aos 18 anos de idade. Mas quem realmente segurou aquele jogo estava embaixo da goleira. Fábio Costa, conhecido por agigantar-se em decisões e apequenar-se em jogos comuns (numa semifinal entre Vitória e Vasco, em São Januário, ou ele estava dopado ou tinha feito trabalho para todos os santos), simplesmente fez defesas impossíveis naquela tarde de dezembro, na última decisão do futebol brasileiro - um ano depois a "maravilhosa" fórmula de pontos corridos entrou em vigor, e talvez nunca mais tenhamos desempenhos memoráveis em finais como do baiano no primeiro título brasileiro do Santos desde 1971.



3 - Gato Fernandéz ( Copa do Brasil de 1992, Fluminense 2 x 1 Internacional)

O paraguaio Gato Fernandéz chegou no Inter com a imagem de goileiro experiente, catimbeiro, alto e ágil (daí o apelido). Apesar do estilo da escola sulamericana de goleiros (muitos rebotes, saídas espalhafatosas do gol e jogar quase na linha da pequena área), Fernandéz rapidamente tornou-se ídolo da torcida Colorada ao conquistar o Campeonato Gaúcho de 91.
Em 92, a consagração: O Inter de Célio Silva, Daniel Frasson, Gérson, Daniel e Caíco sagrou-se campeão da Copa do Brasil ganhando do Fluminense de Ézio e Bobô na final por 1x0 no Gigante da Beira-Rio, gol de pênalti de Célio Silva aos 42 do segundo tempo! Porém o título começou a se concretizar no jogo de ida, nas Laranjeiras, quando o Fluminense poderia ter aplicado uma goleada na equipe gaudéria. Mas Gato operou milagres, e com o gol de Caíco uma vitória simples bastava. Depois de 13 anos, mais um título nacional para o Clube do Povo!



2 - "São" Marcos (Semifinais Copa Libertadores de 2000, Palmeiras 3 x 2 Corinthains)

Dois jogos memoráveis. Palmeiras e Corinthians protagonizaram no inverno do ano 2000 duas batalhas épicas no Estádio do Morumbi. Os placares falam mais que palavras: no jogo de ida, 4x3 para o alvinegro e no segundo jogo, 3x2 para o alviverde. Decisão nos pênaltis, o ápice do drama que o futebol pode apresentar: gols, brigas, divididas, raça, jogadas sensacionais, tensão, igualdade... e ainda cobranças de pênaltis, a "loteria"!
E Marcos mostrou a diferença entre um bom goleiro, um grande goleiro e um "fazedor de milagres". Além das atuações espíritas nos dois jogos, Marcos defendeu o pênalti batido por Marcelinho Carioca e classificou o Palmeiras para a segunda final seguida do torneio, num time que tinha Argel, Roque Júnior, Nenem, Galeano, Pena, Asprilla...
Disparado o melhor goleiro brasileiro das duas últimas décadas, apenas atrás de...



1 - Cláudio Taffarel (final da copa de 94 Brasil 0 x 0 Itália, semifinal da copa de 98 Brasil 1 x 1 Holanda, semifinal da olimpíada de 88, Brasil 1 x 1 Alemanha, final da copa da uefa, Galatasaray 0 x 0 Arsenal)

Falar de ídolos dessa grandeza é sempre complicado. Não há muito o que acrescentar. No Inter, no Parma, no Galatasaray, no Atlético Mineiro e principalmente na Seleção, Cláudio André Mergen Taffarel, de Santa Rosa e criado em Crissiumal, fez defesas impossíveis, conquistou títulos e vitórias que pareciam perdidas, virou um ídolo eterno.
E a defesa da cabeçada do Henry, do Arsenal, na final da Copa da Uefa de 2000 é uma das coisas mais fantásticas que eu já vi na vida. Sem palavras, vejam com seus próprios olhos (e notem quantas vezes o narrador fala "Taffaral, Taffarel...").

(Ps: Todos jogos citados acima terminaram empatados e Taffarel pegou pênaltis, garantindo as vitórias.)

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Acho que este foi o melhor post de todos que tu ja botou aqui.... Só faltou um goleiro, que vi pouco, mas pelo que vi merecia ta nesta lista...

Peter Boleslaw Schmeichel.

Vi esses dias no Esporte Interativo... fiquei de cara.

8:22 AM  
Anonymous Anonymous said...

Pro futuro eu aposto, sem duida alguma, no felipe do corinthians!

9:50 AM  
Anonymous Anonymous said...

Cara, você não viu Zetti, Ceni, Prudhomme, Buffon, Cech, Dida... uma lista interminável... Os únicos nomes certos aí da sua lista são Taffarel (não em primeiro) e Marcos!!!

2:39 PM  

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