Tuesday, September 18, 2007

Conheça o novo Chefe...

Conversa reais da minha rua na infância:
- E essa palhaçada do senado agora hein?
- Nem fala. Porque eles não tombam o prédio pro patrimônio histórico, mas tombam de verdade mesmo, derrubam tudo de uma vez?
- Era uma boa mesmo... Mas tinha que ser com todo mundo lá dentro, pra não gastar com enterro!
- Claro! E cobrar o cimento da família!
"No meu tempo" as questões políticas eram encaradas desse jeito. Populares e pessoas normais (vulgo gente que trabalha e tem mais com o que se preocupar na vida real) davam suas opiniões sobre política na base do "vamos votar nas putas porque nos filhos não adianta mais", ou alguma outra exclamação desesperançosa, mas sem esse ranço que existe agora, essa mania de parecer dramático (no sentido de drama das novelas da globo) pra comentar sobre o que acontece nesse país há uns 337 anos!
Mas agora não, as piadas são de cunho social! As pessoas "NÃO AGUENTAM MAIS ISSO TUDO QUE ESTA AÍ" (mesmo que esse tudo as inclua!), a classe média se reúne em torno de "artistas, pensadores, articuladores sociais, empresários" e animais menos cotados para gritar palavras de protesto que o palhaço Krusty não aceitaria dizer nem por um caminhão de dólares, para gritar atrás de trio elétrico e fazer minutos de silêncio pela paz! Mais patético que isso só perder tempo analisando o "cenário político nacional"!
Será que ninguém aprendeu no colégio que gastaram bilhões pra criar um zoológico gigante, bem no centro do país, pra colocar toda a raça "politicus ladronis"? Isso foi feito com o intuito de nos livrar das "análises" e nos dar mais tempo para o deboche, pra exercitar um pouco de alegria durante o dia. Por favor, levem seus filhos lá ou mostrem pra eles pela televisão, mas pra eles se DIVERTIREM, e não para se REVOLTAREM! Eles vão ter tempo pra se revoltar durante a vida, fiquem tranquilos...

E tudo o que eu me permito lembrar de política foi dito (gritado a plenos pulmões) por um sujeito chamado Roger Daltrey, e lá se vão mais de três décadas:
There's nothing in the streets
Looks any different to me
And the slogans are replaced, by-the-bye
And the party on the LEFT
Is now the party on the RIGHT
And the beards have all grown longer overnight

E no final da música, o resumo do que a política sempre será:
MEET THE NEW BOSS
SAME AS THE OLD BOSS!

Eu e o Homer votamos no PTW - Partido do The Who!

Monday, September 10, 2007

"Futuridades"

Notícias que alegram a Dona Música:
O Van Halen está de volta! Finalmente Eddie "O guitarrista" Van Halen e "Diamond" David Lee Roth (aparentemente) fizeram as pazes e voltam a ativa para uma turnê pelos EUA em outubro. Os ensaios acontecem desde o meio do ano e quem assume o baixo é ninguém menos que Wolfgang Van Halen, 16 anos, filho de Eddie e sobrinho de Alex Van Halen!
Considerações: Um pouco de alegria e diversão pra vida de quem gosta de Rock!!! David continua o mesmo falastrão de sempre, Eddie parece realmente feliz de tocar com o filho e de ter vencido o câncer e ao que tudo indica, e se não rolarem muitas brigas, um disco de inéditas chega no ano que vem! A única baixa é a ausência de Michael Anthony, o baixista clássico. Mas o VAN HALEN ESTÁ DE VOLTA!
*Para compor um parágrafo de 9 linhas o nome VAN HALEN foi utilizado 5 vezes, e mesmo assim é pouco perto da importância desses malucos.

Hot For (an OLDER) Teacher

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Bruce "THE BOSS" Springsteen lança disco novo dia 02 de outubro! 5 anos depois do último disco com sua E Street Band (The Rising, sobre a repercusão do 11/09 na vida do cidadão comum americano - Bruce é de New Jersey) sai MAGIC. A primeira música divulgada, Radio Nowhere, é um verdadeiro exemplar de canção que define o Rock, coisa que Springsteen faz como ninguém (ninguém mesmo!) E tem o sax! Mais considerações após o lançamento, nem que a última saída seja importar o disquinho!!! E sobre The Rising também, em breve...

http://www.rollingstone.com/photos/gallery/16296997/fall_music_preview_2007_bruce_spr/photo/9/large

O peso de ser foda pra caralho

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Agora uma idéia meio sei lá, entende?

Em 2048 os carros não voam, mesmo que a vida não seja mais a mesma. A água não acabou, a temperatura é praticamente igual a do século passado, pelo menos na maior parte do planeta, o apocalipse ainda não aconteceu e tudo parece como sempre foi. Mas não mais. A vida nunca mais será a mesma depois do que houve algumas décadas atrás.
Tudo aconteceu numa quinta-feira de abril, em algum ano entre 2018 e 2022. A humanidade acordou e foi se dando conta do que havia sucedido ao longo do dia, ou da noite: as drogas sumiram, como se num passe de mágica. Ilícitas, lícitas, leves, pesadas, corporativas, medicinais, de cartéis, de governos, de traficantes de boca de fumo. Simplesmente desapareceram todas as drogas do planeta Terra, numa quinta-feira.
Pela primeira vez ninguém sabia como reagir, pois ao mesmo tempo em que alguns comemoravam a extinção da cocaína, choravam não poder tomar o calmante para dormir toda noite. A indústria farmacêutica, a indústria dos psicotrópicos, das anfetaminas, das drogas sintéticas, da maconha, da heroína, do crack, das guerras contra o cigarro ao redor do mundo, a indústria da propaganda anti-drogas, a indústria drogativa como um todo desapareceu.
Milhões foram às ruas sem saber contra o que protestavam exatamente. O pandemônio foi geral em todos os cantos do mundo, sem uma razão de ser. Talvez os que fizeram isso estavam tentando acordar a humanidade, ou queriam ver qual seria a reação das pessoas ao serem privadas de algo que primordialmente não precisam pra viver? Mas ao que tudo indicava, o necessário é muito mais importante do que o fundamental.
Teóricos, cientistas, músicos, cineastas, filósofos, entidades de porta de bar (qual a utilidade dos bares agora, sem o álcool?) divagavam sobre as causas deste acontecimento, e o principal, quem e com qual propósito havia tomado tal atitude?
Bem, após muitos anos de conflitos e confrontos despropositados, as coisas foram se ajustando. Afinal, é assim que chegamos até aqui não é, nos adaptando a condições “subumanas”, mesmo que esse termo seja usado de maneira estúpida. E então quando tudo parecia mais ou menos normal de novo, quando ninguém mais queria saber o que realmente havia acontecido nem o porquê (aquilo já tinha ido longe demais), surge isso. As agora conhecidas como “Drogas Sensitivas”. Para encurtar a história, onze cientistas de várias partes do mundo se refugiaram numa plataforma no meio do oceano logo que os primeiros confrontos armados começaram. Ninguém sabe qual a razão. Só sabemos que agora estes cientistas inventaram drogas que reproduzem sensações humanas sem intermediários. São centenas de cápsulas com nomes estampados e cores específicas. Saudade, Paz, Normalidade, Tédio, Euforia, Raiva, Tristeza, Melancolia, Tesão, Alegria, Sensibilidade...
As autoridades suspeitam que as drogas foram desenvolvidas através da morte de milhares de pessoas, em experimentos que de alguma maneira retirava a essência das sensações das pessoas e transformava em matéria-prima para as cápsulas.
Esta é a realidade.

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Um pé na minha mão, certinho! Saitou.