De Ferro, mas com coração!
MUITO BOM! Foi o que pude expressar quando começaram a subir os créditos de Homem de Ferro, ainda com os olhos fixos na tela grande. Preciso esclarecer que não sou uma grande entendida de cinema – mas adoro filmes – e muito menos de HQ’s – mas conheço os personagens. Mas falando especificamente do filme... sensacional!
Não é só um filme de ação. É ação, humor, uma crítica implícita (e clichê, falemos a verdade) e um “romance” que funciona em comum acordo com a história: não tem mel, declarações e arroubos apaixonados. Tem ironia, confiança e atração. O Tony Stark de Robert Downey Jr. é… apaixonante! O cara é um canastrão, alcoólatra, pegador, fabricante de armas e tu ainda torce por ele. Não consegui pensar em outro ator para encarnar a armadura. E desculpe a ala masculina da platéia, mas é um colírio...
Robert Tony Downey Stark Jr.: bêbado, mulherengo, rico, esperto e maluco! Quase uma auto-biografia
O que não deve fazer diferença, porque Gwyneth Paltrow é uma excelente assistente-secretária-personal-tudo e única pessoa em quem o nosso herói realmente confia. Encarregada inclusive de tirar o lixo quando é necessário (impagável a primeira cena de Pepper Pots, quando ela coloca uma jornalista metidinha pra correr com a maior classe do mundo. Daquelas de anotar, porque um dia tu vai precisar...).
O vilão é mau de verdade. Disso eu gostei muito. Não é alguém que virou vilão, ele é mau na essência. Só pra comparar com um outro que eu vi no cinema, os vilões do Homem-Aranha 3. Pra começar, era muita gente pra uma aranha só num filme só. E os vilões não tinham uma razão especifica e/ou clara. O filho do Duende Verde quer se vingar, mas volta a ser bonzinho no final – na real nunca foi vilão. O Areião (Homem-Areia, mas eu não gosto desse nome), dissolveu, voltou, ficou com raiva do mundo e saiu quebrando tudo. E o Venom teve 20 ou 25 minutos apenas dedicados a ele, e era o único que tinha conteúdo pra ser mais desenvolvido (era, inclusive, o mais aguardado). Obadiah Stone (interpretado pelo grande Jeff "The Dude" Bridges) – sócio das empresas Stark desde os tempos idos do pai do protagonista – é um Vilão. Manda matar o mocinho, e como o plano não dá certo ele se inspira no “faça você mesmo” e põe a mão na massa. Ele é mau, mas eu gostei.
Além dos personagens, o filme é bacana porque é ágil. Não perde mais tempo que o necessário para que cada parte seja compreendida. Não te dá sono na poltrona, e isso é imprescindível. E tem também uns toquezinhos que dão dicas para as seqüências, inclusive para o projeto dos “Vingadores”, que parece que vai reunir uma galera de heróis num filme só. Não conheço a história, mas com certeza eu vou assistir.