Tuesday, May 13, 2008

De Ferro, mas com coração!

MUITO BOM! Foi o que pude expressar quando começaram a subir os créditos de Homem de Ferro, ainda com os olhos fixos na tela grande. Preciso esclarecer que não sou uma grande entendida de cinema – mas adoro filmes – e muito menos de HQ’s – mas conheço os personagens. Mas falando especificamente do filme... sensacional!
Não é só um filme de ação. É ação, humor, uma crítica implícita (e clichê, falemos a verdade) e um “romance” que funciona em comum acordo com a história: não tem mel, declarações e arroubos apaixonados. Tem ironia, confiança e atração. O Tony Stark de Robert Downey Jr. é… apaixonante! O cara é um canastrão, alcoólatra, pegador, fabricante de armas e tu ainda torce por ele. Não consegui pensar em outro ator para encarnar a armadura. E desculpe a ala masculina da platéia, mas é um colírio...

Robert Tony Downey Stark Jr.: bêbado, mulherengo, rico, esperto e maluco! Quase uma auto-biografia

O que não deve fazer diferença, porque Gwyneth Paltrow é uma excelente assistente-secretária-personal-tudo e única pessoa em quem o nosso herói realmente confia. Encarregada inclusive de tirar o lixo quando é necessário (impagável a primeira cena de Pepper Pots, quando ela coloca uma jornalista metidinha pra correr com a maior classe do mundo. Daquelas de anotar, porque um dia tu vai precisar...).
O vilão é mau de verdade. Disso eu gostei muito. Não é alguém que virou vilão, ele é mau na essência. Só pra comparar com um outro que eu vi no cinema, os vilões do Homem-Aranha 3. Pra começar, era muita gente pra uma aranha só num filme só. E os vilões não tinham uma razão especifica e/ou clara. O filho do Duende Verde quer se vingar, mas volta a ser bonzinho no final – na real nunca foi vilão. O Areião (Homem-Areia, mas eu não gosto desse nome), dissolveu, voltou, ficou com raiva do mundo e saiu quebrando tudo. E o Venom teve 20 ou 25 minutos apenas dedicados a ele, e era o único que tinha conteúdo pra ser mais desenvolvido (era, inclusive, o mais aguardado). Obadiah Stone (interpretado pelo grande Jeff "The Dude" Bridges) – sócio das empresas Stark desde os tempos idos do pai do protagonista – é um Vilão. Manda matar o mocinho, e como o plano não dá certo ele se inspira no “faça você mesmo” e põe a mão na massa. Ele é mau, mas eu gostei.

Diretor Jon Fraveau brincando com a Mark I: Um cara que dirige Zathura tem o nosso apoio sempre!
O mais apagado é o amigo de Stark, interpretado por Terrence Howard. Mas dizem que há planos pra ele numa possível continuação do filme. Como já disse eu não conheço os quadrinhos, mas parece que ele é o amigo de Stark que vira outro herói, de ferro também.
Além dos personagens, o filme é bacana porque é ágil. Não perde mais tempo que o necessário para que cada parte seja compreendida. Não te dá sono na poltrona, e isso é imprescindível. E tem também uns toquezinhos que dão dicas para as seqüências, inclusive para o projeto dos “Vingadores”, que parece que vai reunir uma galera de heróis num filme só. Não conheço a história, mas com certeza eu vou assistir.
E tem que ver a cena final, depois dos créditos!
Terrence Howard como Jim Rhodes: "Because It's hard out here for a War Machine"
Escrito e gentilmente cedido por
Aline Camargo
(Valeu o convite!)

Monday, May 12, 2008

DiscMan das Cavernas

Dois amigos dentro de um ônibus:
- Ô cara, que que é isso aí?
- É um discman pô, tá cego?
- Ah tá... Só achei estranho...
Realmente estranho um aparelho tão comum causar estranheza. Poderia ser uma roupa, um jeito, um cabelo, mas um aparelho de ouvir música?
O que acontece com o discman hoje já ocorreu com o vinil, e está acontecendo com a fita e o vídeo cassete também. A questão é que estes “fetiches de malucos”, como os bolachões e o vhs são apreciados em casa, longe dos olhos curiosos dos populares. O discman não. Ele está ali, exposto, deixando transparecer o quanto é antiquado, ultrapassado, uma geringonça de tempos idos.
- Como estranho? É um aparelho que toca CD’s. Que que tem de estranho nisso?
- Tá cara, te acalma! É que todo mundo tem MP3, música em computador, essas coisas...
- E com a minha coleção de CD’s eu faço o que, toco fogo?
- Passa pro PC!
- Mas e o encarte, e o... Ah, esquece...
Uma pessoa que nasceu em 1984 é velha em 2008? Teoricamente não. Mas se ela andar pelas calçadas munida de um desses aparelhos antiguíssimos, será. E o 1984 é o ano da fabricação do primeiro discman! Com 24 anos de vida o aparelho saiu de linha, praticamente! E nem ouse perguntar sobre o pobre do walkman!
O CD “já é a música COMPACTA”, como diz o meu pai - que até hoje ouve vinil! -, então como que fica a qualidade da música menos que compacta? E o apego de fã pela música, onde que vai parar? Por mais caretas que esses argumentos possam parecer, eles tentam responder uma pergunta muito abstrata: qual a velocidade de troca de conceitos e tecnologias na sociedade? Mas de verdade, quem quer saber disso nesses tempos velozes?
- Ouviu a música que aquela banda lançou no MySpace?
- Que banda?
- Aquela do clipe...
- Que clipe?
- Que tava na página inicial do YouTube!
- Já lançaram disco?
- Não. Só umas músicas no blog do baixista.

Pensamento d'O Chefe:

"Glory days, well they'll pass you by, glory days, in the wink of a young girls eye, glory days, glory days".